sexta-feira, 17 de junho de 2011
A casa sobre a rocha;
domingo, 22 de maio de 2011
E se não houver amanhã?

Isso era o que pregava um grupo evangélico dos Estados Unidos, Family Radio, fundado pelo pastor Harold Camping, de 89 anos. O pastor afirma que a Bíblia traz provas contumazes de que 7 mil anos após o dilúvio (exatamente 21/05/2011), Jesus voltaria para o grande juízo final.
Hoje são 22 (e como canta Paula Toller, do Kid Abelha, em sua música, “amanhã é 23”)... E o mundo continua a rodar, rodar, rodar... deixando o nosso irmão Harold mais tonto ainda.
Continuamos a... tomar nosso café ao despertar, produzir lixo, poluir mares, deixar escoar água mais do que o necessário,fitar o relógio, apressar o passo, comer mais que a fome, fazer média, perder tempo, tecer vãos comentários, mostrar cara feia, guardar mágoas, pegar filas, apostar na mega, buzinar diante do carro parado à toa, xingar no trânsito, cair no ridículo, passar nos buracos da “cidade dela”, votar mal, estacionar em local proibido, meter o pé na poça d'água, contrair dengue, ficar com febre, voltar pra casa, dormir... para recomeçar tudo em outro dia.
Mas... e se não houver amanhã?
Se a Terra, para algum(uns) de nós já não nos provesse do fluido vital que anima o nosso corpo físico?
Não deixaremos jamais de existir, é certo, dado a nossa condição de Espíritos imortais que somos. Porém, há um tempo destinado a nossa presença física neste belo planeta. E poucos somos os que param para refletir que hoje pode nos ser dado o termo final dessa experiência.
Será que nos preparamos a cada dia para realizarmos a possível viagem de volta à nossa verdadeira casa de origem?
Se, enquanto espíritas, já compreendemos a nossa natureza divina e imortal; se assimilamos a reencarnação planetária enquanto estágio de evolução a cumprir; por que não vivenciamos realmente o dia de hoje como sendo o único dia para realizarmos o melhor, a partir de nós, para o mundo?
Não basta dispor nossa fé teoricamente, é imperioso acompanharmos sua vivência no presente. E diante de uma lúcida consciência e ação (conscientização), modificarmos o nosso modus vivendi.
Sorrir mais, comer moderadamente, fitar o céu, ter tempo para ouvir, olhar nos olhos, falar com suavidade, abraçar com vontade, beijar muuuito, falar eu te amo, desejar o bem, perdoar alguém, cuidar do meio ambiente, respeitar as diferenças, cultivar o bom humor, dividir com o outro, somar esperanças, enxugar lágrimas, espalhar alegria, viver com prazer... SER MELHOR!
Não importa se não houver amanhã, desde que possamos fazer do hoje o melhor momento vivido, pois na verdade... o amanhã não existe!
(Kathia Albuquerque)
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Mania do "melhor"
Leila Ferreira é uma jornalista mineira com mestrado em Letras e doutora em Comunicação, em Londres. Apesar disso, optou por viver uma vidinha mais simples, em Belo Horizonte...
Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
Bom não basta.
O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".
Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer.
Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.
Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter.
Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis.
Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos.
Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente.
Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência?
Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa?
E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?
O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"?
Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro?
O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.
A casa que é pequena, mas nos acolhe.
O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria.
A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo...
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.
O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?
Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?
(Leila Ferreira)
Achei esse texto interessante e atual, vem ao encontro do que penso diante do consumismo desenfreado que tomou conta de muita gente.
Bete Mapurunga
A dor do crescimento
Livro: Ostra feliz não faz pérola
Autor: Rubem Alves
Editora: Planeta
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Saber Ouvir
(Kathia Albuquerque)
quinta-feira, 5 de maio de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Amarras do Controle
Mas... como tudo isso me cansa!
(Kathia Albuquerque)